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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

RESENHANDO | "Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1"

E finalmente estreou o filme mais aguardado do ano. Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 teve sua estreia adiantada para o Brasil, dois dias antes do lançamento mundial. Mediante a essa verdadeira honra, eu não tive como não ir ontem (dia 19) ao cinema e assistir a esse filmaço que, mesmo com seus diferenças do livro e suas pequenas falhas, me agradou de mais. Tentarei dar o menor número de spoiler possível nessa resenha.
"Após ser resgatada do Massacre Quaternário pela resistência ao governo tirânico do presidente Snow (Donald Sutherland), Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) está abalada. Temerosa e sem confiança, ela agora vive no Distrito 13 ao lado da mãe (Paula Malcomson) e da irmã, Prim (Willow Shields). A presidente Alma Coin (Julianne Moore) e Plutarch Heavensbee (Philip Seymour Hoffman) querem que Katniss assuma o papel do tordo, o símbolo que a resistência precisa para mobilizar a população. Após uma certa relutância, Katniss aceita a proposta desde que a resistência se comprometa a resgatar Peeta Mellark (Josh Hutcherson) e os demais Vitoriosos, mantidos prisioneiros pela Capital."
adorocinema.com
Quando li o livro e revelaram que o filme seria dividido em duas partes eu premeditei que o primeiro filme de A Esperança seria parado. E foi. Vemos uma Katniss totalmente perdida, insegura e sensível, bem diferente dos dois primeiros filmes. O filme focou muito em Katniss, mas parece que ela não queria esse foco (é meio confuso, mas ok). A Garota em Chamas que estamos acostumados a ver faltou as gravações e foi substituída por uma menina cheia de medo e quase impotente. Porém, ao longo da trama e no final dela, vimos essa menina medrosa se tornar em um referencial de 

E se engana quem espera uma fidelidade cronológica e com o livro. Diferente das duas primeiras produções, o terceiro longa surpreendeu a não ser exatamente como o livro de Suzanne Collins. Isso pode não ser tão ruim, mas esqueceram tanto de detalhes pequenos (coisa que não esqueceram em "Em Chamas") quanto de fatos importantes e significativos para a história [spoiler] como a condição de Katniss de ser O Tordo ao menos se a deixarem matar o Snow [/spoiler] que não apareceu no filme. Para mim, foi um sumiço grave para uma franquia que investiu tanto em adaptações fieis. 

Porém, vale ressaltar que o resultado final do filme é sensacional. Fotografia perfeitamente trabalhada e uma riqueza de efeitos especiais que nos deixa de boca aberta. Novamente podemos ver uma fantástica atuação de Jennifer Lawrence, que nos faz lembrar que não existe mais ninguém que possa interpretar a heroína como a JLaw interpreta. Só que meu voto de melhor atuação do longa vai para Julianne Moore no papel da controversa presidente Alma Coin do 13, que conseguiu consolidar tudo o que personagem de fato é. [spoiler] Ela é uma verdadeira cobra. Trata Katniss com uma falsidade fria e calculista. Elogia e apoia apenas por defesa de seus interesses, mesmo não gostando da garota. [/spoiler] E pela primeira vez, eu mandarei um salve para o Josh Hutcherson que brilhantemente, nesse filme, deu vida ao Peeta. Nunca havia visto tanta graça e boa interpretação no personagem como vi em "A Esperança". Quem sumiu diante dos nossos olhos e se tornou um personagem terciário fora Finnick Odair, interpretado por Sam Caflin, assim como: Haymicth (incrivelmente sóbrio) e, pasmem, Effie (que nem devia ter aparecido). Desmaiem, mas a Jena Malone está careca! 
A revolução já começou e isso é o começo de como isso tudo irá acabar. Gostei de rever Katniss, mas (e eu nunca me imaginei dizer isso) não da Katniss sem o Peeta. É um ótimo filme mas não supera "Em Chamas", palavra de um fã. Mas tudo isso é compreensível, as melhores partes da história de "A Esperança" ficaram para o segundo filme. Mal posso esperar para ter nossa girl on fire (aposta de nosso saudoso Cinna) de volta, na verdadeira guerra, aquilo que ela chama de 76ª edição dos Jogos Vorazes. A Capital não perde por esperar. 

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